O setor de transporte com uma visão de gestão
INTRODUÇÃO
A gestão de transportes é, sem dúvida, um dos maiores desafios das empresas atualmente. Com o fenômeno da integração logística e a crescente demanda por produtos e serviço em tempo cada vez menor, nos últimos 20 anos, as empresas passaram a dar uma importância muito maior ao seu sistema logístico, para que os desperdícios de recursos e tempo fossem evitados.
A nova visão de gestão de transportes, no desenvolvimento dos transportes no âmbito nacional, visa como questão central à obtenção de ganhos de produtividade e melhoria nos processos de transportes rodoviários.
A razão deste trabalho é contribuir para a gestão de transportes rodoviários seja visto como de importância fundamental para os desenvolvimentos econômicos do setor, evitando assim, consequências como: insatisfação do cliente, maximização de custos e perda de produtividade.
O propósito central é o conhecimento as características dos transportes, vantagens e desvantagens da utilização, identificação de demandas e ofertas, indicação de pontos positivos de conveniência de melhorias nos processos de transportes, problemas no sistema de gestão e a gestão moderna de transportes.
A gestão de transportes tem proporcionado ganho de produtividade e melhoria dos processos, os quais podem e devem ser maximizadas no atendimento as demandas de transportes, focado no crescimento qualitativo dos transportes rodoviários a nível nacional.
1 ) A gestão de transporte implica no monitoramento do serviço desejado e adquirido, o que transcende as fronteiras da empresa, implicando fortemente a gestão de relacionamento com operador.
A gestão da organização como um todo, tem sido considerada na atualidade, como um dos fatores mais importantes para a estratégia empresarial. A implementação de novos processos de produção e de gestão de negócios visam buscar maior eficiência, através da otimização de custo e dos ganhos advindos da economia de escala proporcionada com maior poder de competição as empresas. O desenvolvimento das tecnologias da informação e de comunicação (TIC) trouxe novas perspectivas para os transportes e para a logística possibilitando, aumento da eficiência das operações de trafego; redução do consumo de combustível; redução do numero de acidentes.
O gestor de transporte deve ter a compreensão correta do significado de planejamento para então poder pensar em uma técnica, ou melhor, em um método que lhe permita articular num todo coerente a sua reflexão sobre todas as questões envolvidas no seu contexto de preocupação.
2 ) Os gestores de transportes devem entender planejamento como um processo. Um mecanismo projetado para resolver um problema e que para isso deve ser, dinâmico, adaptativo, com o funcionamento movido por forças internas e reações a ações externas, e deve ser constantemente acompanhada de um esquema de monitoramento.
Em termos de planejamento de transportes o consenso é que existem ofertas e demandas nem sempre coexistindo em uma simetria de funcionamento. Ao considerar as duas demandas a serem satisfeitas, o transporte de cargas e o transporte de passageiros, é indissociável a satisfação também das necessidades oriunda dos atores que ofertam para essas duas demandas. A acessibilidade, qualidade de dar acesso, é um dos problemas mais complexo do planejamento de transporte.
O outro é a mobilidade, ou seja, a qualidade de se movimentar. O primeiro diz respeito às formas pelas quais algo poderá ser deslocado, de que forma poderá haver movimentação entre dois pontos. O segundo é sobre como algo será transferido de um ponto a outro. Esses dois conceitos induzem o planejamento, coloca o tomador de decisões mais próximo das questões cruciais e o faz procurar por soluções que nem sempre passam pela sofisticação tecnológica.
3 ) No Brasil o transporte rodoviário representa o principal meio de movimentação de cargas. Este tipo de transporte, é o transporte feito por estradas rodoviárias, ruas e outras vias movimentadas ou não com a intenção de movimentar materiais, pessoas ou animais de um determinado ponto a outro. Representa a maior parte do transporte terrestre. O transporte rodoviário tem um custo que representa cerca de 12,75% (FIGUEIREDO, FLEURYE WANKE, 2006) do PIB nacional.
Responsável por 63% de toda movimentação de carga no mercado brasileiro, o transporte rodoviário vive um momento aquecido e de crescimento acelerado. Com um faturamento anual aproximadamente de R$ 60 bilhões, segundo agencia nacional de transportes terrestres (ANTT), gerando 3,5 milhões de empregos, de acordo com associação nacional de empresas de transporte de carga (ANTC). O segmento passou a investir mais em tecnologia para conduzir os custos e expandir a qualidade do serviço.
4 ) O transporte rodoviário no Brasil é o principal sistema logístico do país e conta com uma rede de 1.580.964 quilômetros de estradas e rodovias nacionais, dos quais cerca de 1.368.166 quilômetros da rede não são pavimentadas e tendo somente 13% delas pavimentadas, por onde passam 56% de todas as cargas movimentadas no território brasileiro.
Governos têm adaptado em transferir para a iniciativa privada a administração e conservação das principais rodovias do país, como foi o caso de São Paulo estado precursor. Ao mesmo tempo em que desoneram os orçamentos públicos, as concessões rodoviárias permitem um bom nível de serviço. O problema encontra-se no fato de que a população se vê obrigada a custear duplamente o serviço de recuperação das rodovias, já que continua pagando os mesmos impostos ao governo (que deveria servir para recuperação) e se vê obrigada a pagar também pedágios as concessionárias.
Atualmente, uma das principais barreiras para o desenvolvimento da logística no Brasil está relacionada com as enormes deficiências encontradas na infraestrutura de transportes e comunicação, o transporte brasileiro apresenta uma exagerada dependência do modal rodoviário, o segundo mais caro, atrás apenas do aéreo. Com a expressiva participação de 65% a 75% na matriz dos transportes brasileiros. Em países como a Austrália, Estados Unidos e China o percentual médio de representatividade deste modal é 30%. Outro obstáculo é que muitas empresas ainda não abandonaram o modelo tradicional de gestão familiar, deixando de avaliar as estruturas e os procedimentos gerenciais modernos e profissionalizados, não adotando mudanças, hoje necessárias par a eficácia do transporte, em especial o transporte rodoviário.
A gestão do transporte rodoviário, muitas vezes, tem sido deixada para segundo plano, predominando ainda modelos arcaicos de gestão empresarial. A inexistência de um sistema permanente de monitoramento e controle do desempenho no setor de transporte, bem como, a falta de índices que mensurem o grau de eficiência do setor e que sirvam de instrumento para tomadas de decisão e controle gerencial, é um dos motivos que justificam o estudo mais aprofundado do assunto.
O processo de integração das informações entre os setores de transporte, estoque, armazenamento e movimentação tem sido considerado um fator estratégico importante na promoção de resultados positivos para as empresas, já que a competência logística é alcançada por meio de um alto nível de gerenciamento.
por WALMIR DINIZ DA SILVA
Graduado em Administração: Universidade Estácio de SÁ Pós Graduado em Logística Empresarial: Faculdade Integrada AVM Cândido Mendes Curso Complementar: Complementação Pedagógica

